A fase analítica como espelho da qualidade laboratorial
Entre todas as etapas do ciclo laboratorial (pré, analítica e pós), é na fase analítica que a qualidade realmente se comprova.
É nela que os resultados são gerados, validados e transformados em dados clínicos que sustentam diagnósticos, decisões médicas e a segurança dos pacientes.
Por isso, normativas como a ISO 15189 e a RDC 978/2025 dão ênfase especial a essa fase, exigindo controle de qualidade robusto, rastreabilidade e padronização total dos processos.
Nesse contexto, os indicadores estratégicos se tornam o elo entre a conformidade e a performance e quando bem aplicados, são capazes de transformar auditorias em ferramentas de evolução contínua.
Por que os indicadores estratégicos são vitais na fase analítica
Em muitos cenários, os relatórios ficam restritos a checklists e apontamentos.
Mas os laboratórios mais eficientes vão além: analisam seus dados com visão estratégica, medindo e acompanhando indicadores que revelam o verdadeiro nível de controle e precisão da fase analítica.
Esses indicadores permitem:
- Mensurar a confiabilidade dos resultados, a partir do desempenho de controles internos e externos;
- Identificar padrões de não conformidade que impactam diretamente a segurança diagnóstica;
- Otimizar a rastreabilidade, desde o processamento até a liberação de laudos;
- Apoiar auditorias internas e externas com relatórios assertivos e baseados em evidências.
Em outras palavras: são os indicadores que traduzem o rigor técnico da fase analítica em conformidade comprovada.
Indicadores estratégicos que fortalecem a fase analítica
Os seguintes indicadores são essenciais para demonstrar controle, consistência e maturidade técnica durante as auditorias da fase analítica:
1. Desempenho em Controle de Qualidade Interno (CQI)
Mede a precisão e estabilidade dos resultados analíticos ao longo do tempo.
- Deve acompanhar o coeficiente de variação (CV%) e desvios padrão.
- É recomendado o uso de gráficos de Levey-Jennings e aplicação das regras de Westgard.
2. Desempenho em Ensaios de Proficiência (CQE)
Avalia a exatidão dos resultados e a conformidade com padrões externos.
- Deve-se acompanhar o desempenho em programas de proficiência.
- Indica o alinhamento técnico do laboratório com referências nacionais e internacionais.
3. Taxa de Reanálises ou Retrabalho
Revela falhas de processo, calibração ou manutenção de equipamentos.
- Registre o motivo das reanálises e correlacione com reagentes, lotes ou instrumentos específicos.
- Uma alta taxa de retrabalho sinaliza riscos à confiabilidade dos resultados.
4. Taxa de Erros Analíticos Detectados
Mostra vulnerabilidades antes da emissão de laudos, protegendo o laboratório e o paciente.
- Crie registros automatizados de ocorrências e classificações de erros (críticos, maiores, menores).
- Monitore periodicamente as causas e adote planos preventivos.
5. Rastreabilidade de Amostras e Reagentes
É a base da conformidade com normas como a ISO 15189 e a RDC 978.
- Todo material deve ter rastreabilidade digital: desde a entrada até o descarte.
- Sistemas integrados ajudam a manter histórico completo e auditável.
6. Tempo Médio de Análise (TAT Analítico)
Mede a eficiência operacional e a produtividade técnica.
- Compare tempos reais de análise com metas definidas por tipo de exame.
- Identifique gargalos na instrumentação ou na logística interna.
7. Efetividade das Ações Corretivas e Preventivas
Avalia a maturidade da gestão da qualidade e o comprometimento com a melhoria contínua.
- Acompanhe o percentual de ações concluídas dentro do prazo.
- Analise o impacto real das correções sobre os indicadores analíticos.
Esses indicadores, quando acompanhados de forma estruturada e comparativa, tornam os relatórios de auditoria instrumentos de gestão técnica e não apenas de conformidade documental.
Como a tecnologia da VFR Sistemas potencializa esses indicadores
A VFR Sistemas atua justamente nesse ponto crítico: o controle e a inteligência da fase analítica.
Com soluções da suíte Nepher, como o Gestam, e com o QControl, os laboratórios conseguem:
- Centralizar indicadores estratégicos da fase analítica em dashboards dinâmicos e interativos;
- Automatizar a coleta e o tratamento de dados, reduzindo erros humanos e tempo de auditoria;
- Gerar relatórios personalizados para acreditações e inspeções;
- Monitorar a efetividade das ações corretivas e vincular não conformidades a resultados reais;
- Garantir rastreabilidade total.
Assim, o que antes era apenas um processo de checagem torna-se uma gestão inteligente da qualidade analítica, sustentada por dados e evidências.
Da conformidade à excelência: o papel da análise estratégica
Os laboratórios que dominam a gestão da fase analítica entendem que auditar é evoluir. Ao integrar tecnologia, indicadores e processos, transformam auditorias em ferramentas de aprimoramento técnico e institucional.
E é exatamente esse o propósito da VFR Sistemas: construir soluções que unem conformidade e inteligência, elevando o padrão de qualidade laboratorial em cada análise.
A auditoria começa e termina na fase analítica
Em um setor cada vez mais regulado e competitivo, a fase analítica demanda ser sustentada por indicadores estratégicos e sistemas de gestão inteligentes, tornando-se a prova concreta da excelência de um laboratório.
Mais do que atender às normas, trata-se de demonstrar domínio técnico, precisão e confiança, valores que definem laboratórios de referência.
Na VFR Sistemas, a qualidade é medida em cada resultado.
Converse com um de nossos especialistas e conheça nossas soluções que fortalecem a fase analítica, otimizam auditorias e garantem conformidade em todos os níveis do seu laboratório.